Acionistas minoritários protocolam queixa na Anatel contra executivos da Oi

Associação questiona atuação da atual diretoria e fala em ‘histórico de práticas ilegais dos atuais administradores’.

Por Valor Online

15/02/2018 17h51 Atualizado há 14 horas

A Associação dos Investidores Minoritários (Aidmin) informou nesta quinta-feira (15), por meio de nota, que protocolou notificação na Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) com queixa contra gestores da Oi por supostas práticas ilegais que teriam causado prejuízos à companhia, a seus acionistas e clientes.

A notificação cita especificamente o presidente da Oi, Eurico Teles; o diretor financeiro, Carlos Augusto Brandão; e o presidente do conselho de administração transitório da operadora, José Mauro Mettrau Carneiro da Cunha.

O texto menciona uma suposta associação criminosa entre antigos acionistas, diretores, membros e ex-membros da administração da Oi, os quais teriam “de forma organizada, metódica e frequente praticado ao longo de anos atos ilegais” com a finalidade de obter vantagens.

Representantes da Aidmin estiveram presentes à reunião de acionistas realizada no Rio de Janeiro, em 7 de fevereiro, tendo votado pela abertura de processos de responsabilidade civil contra Teles e Brandão, em linha com o posicionamento da Pharol (ex-Portugal Telecom) e com o investidor Nelson Tanure. Tanto a Pharol como Tanure vêm se

Oi manifesta estanheza e diz que tomará medidas

Em comunicao, a Oi manifestou “estranheza as manifestações da Aidmin” e disse que tomará as devidas medidas para proteger sua reputação e seu negócio.

“Insatisfação em face do resultado de uma assembleia legítima homologada pela Justiça é uma coisa. Outra, bem distinta e injustificável, é proferir acusações desprovidas de fundamentos, lançadas por uma suposta entidade representativa de minoritários, de forma a tentar prejudicar pessoas e desviar o foco que se tem de dar ao processo de Recuperação Judicial e ao soerguimento das recuperandas”, afirmou

No último dia 8, o juiz Ricardo Laffayete Campos, da 7ª Vara Empresarial do Rio, concedeu liminar suspendendo os efeitos de todas as deliberações da assembleia de acionistas que elegeu diretores substitutos, incluindo um novo presidente para operadora.

O juiz acolheu pedido da própria Oi, que afirmou que a assembleia realizada por acionistas minoritários foi ilegal e afrontou decisão judicial que homologou o plano de recuperação, afetando a credibilidade do grupo no mercado e dificultando o prosseguimento de negócios em curso.

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