As maiores quedas foram em Goiás (-2,1%), Paraná (-1,3%) e São Paulo (-1,1%). Na média, produção industrial teve queda de 0,2% em julho.

Por G1

11/09/2018

A produção da indústria caiu em julho em 8 dos 15 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na comparação com junho. É o que aponta o levantamento divulgado pelo instituto nesta terça-feira (11).

As quedas mais acentuadas foram observadas em Goiás (-2,1%), Paraná (-1,3%), São Paulo (-1,1%), Minas Gerais (-1,0%) e Mato Grosso (-0,9%). Rio de Janeiro (-0,3%), Ceará (-0,2%) e Pernambuco (-0,2%) também assinalaram índices negativos.

Já as maiores altas foram verificadas no Espírito Santo (5,8%) e Rio Grande do Sul (4,6%). Pará (2,7%), Amazonas (2,5%), Santa Catarina (1,9%), Bahia (1,0%) e Região Nordeste (0,5%) completaram o conjunto de locais com resultados positivos.

Após o salto de 12,9% registrado em junho, a produção industrial brasileira caiu 0,2% em julho frente ao mês imediatamente anterior, conforme divulgado na semana passada pelo IBGE. No acumulado no ano, a indústria passou a ter alta de 2,5%, mantendo a trajetória de recuperação gradual.

Na comparação com julho de 2017, a indústria mostrou crescimento de 4% em julho de 2018, com 12 dos 15 locais pesquisados apontando taxas positivas.

No acumulado nos 7 primeiros meses do ano, frente a igual período de 2017, houve altas em 11 dos 15 locais pesquisados, com destaque para o avanço de dois dígitos no Amazonas (14,1%).

Pará (8,9%), Pernambuco (4,7%), Santa Catarina (4,6%), Rio de Janeiro (4,5%), São Paulo (4,3%) e Rio Grande do Sul (2,6%) também registraram crescimento acima da média da indústria (2,5%), enquanto Paraná (1,8%), Mato Grosso (0,5%), Bahia (0,5%) e Região Nordeste (0,2%) completaram o conjunto de locais com resultados positivos no fechamento dos sete primeiros meses do ano. Por outro lado, Goiás (-3,8%) e Espírito Santo (-3,7%) tiveram os recuos mais elevados no índice acumulado no ano. Minas Gerais (-1,6%) e Ceará (-0,1%) também mostraram taxas negativas.

Recuperação lenta

Com o desemprego ainda elevado e confiança dos empresários ainda baixa diante das incertezas em relação às eleições, a economia brasileira tem mostrado um ritmo de recuperação mais lento que o esperado.

No segundo trimestre, a indústria registrou contração de 0,6%, contribuindo para que o Produto Interno Bruto (PIB) do país registrasse crescimento de apenas 0,2% sobre os três meses anteriores.

Após divulgação de alta de apenas 0,2% no PIB no 2º trimestre, analistas do mercado passaram a projetar um crescimento mais próximo a 1% em 2018. Segundo a última pesquisa Focus do Banco Central, a expectativa do mercado é que a economia cresça 1,40% em 2018, metade do que era esperado alguns meses antes.

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