O número coloca a dívida pública do país em patamar mais baixo do que a banda da meta estabelecida para o ano no PAF (Plano Anual de Financiamento), de R$ 3,780 trilhões e R$ 3,980 trilhões.

BERNARDO CARAM, Folhapress

26 de novembro de 2018

A dívida pública federal do Brasil caiu 0,44% em outubro, na comparação com setembro, informou o Tesouro Nacional nesta segunda-feira (26). O estoque total fechou o mês em R$ 3,763 trilhões.

O número coloca a dívida pública do país em patamar mais baixo do que a banda da meta estabelecida para o ano no PAF (Plano Anual de Financiamento), de R$ 3,780 trilhões e R$ 3,980 trilhões.

O movimento foi causado por um montante maior de resgates de títulos públicos. No mês, foram resgatados R$ 90 bilhões, enquanto as emissões de títulos totalizaram R$ 57 bilhões.

Segundo o Tesouro, um dos pontos que explica o saldo foi o vencimento em outubro de estoque de títulos prefixados. A elevada rentabilidade de alguns papéis também fez com que investidores resgatassem seus recursos para realizar lucro.

No período, a dívida interna teve estoque reduzido em 0,17%, enquanto a dívida externa teve baixa de 6,73%.

O mês de outubro, segundo o coordenador-substituto de Controle e Pagamento da Dívida Pública do Tesouro, Marcelo Rocha Vitorino, foi adverso para países emergentes, o que foi menos sentido pelo Brasil.

“O Brasil teve performance muito melhor que seus pares em função do mercado doméstico. Houve redução das incertezas eleitorais”, disse.

Segundo ele, títulos com vencimentos mais longos tiveram alta rentabilidade no mês. Por outro lado, o custo médio das emissões teve a vigésima quinta queda consecutiva, atingindo o menor patamar da série histórica iniciada em dezembro de 2010, de 7,85% ao ano.

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