A confiança subiu em 12 dos 19 segmentos industriais pesquisados.

Por Valor Online

29/01/2019

O Índice de Confiança da Indústria (ICI), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) subiu 2,6 pontos em janeiro de 2019, e chegou a 98,2 pontos, o maior nível desde agosto de 2018. A confiança subiu em 12 dos 19 segmentos industriais pesquisados.

Entre os componentes do indicador principal, o Índice da Situação Atual (ISA) subiu 1,0 ponto, para 97,0 pontos, na terceira alta consecutiva. Já o Índice de Expectativas (IE) avançou 4,3 pontos, atingindo 99,5 pontos, o maior nível desde agosto de 2017 (100,6 pontos).

Já o indicador que mede o grau de satisfação com o nível de demanda atual subiu 1,6 ponto, para 96,3 pontos, exercendo a maior influência para o avanço do ISA em janeiro.A parcela das empresas que avaliam esse último indicador como forte subiu de 11,4% para 14,2% no mês, enquanto a proporção das que o avaliam como fraco caiu de 18,1% para 17,7% do total.

O dado que mede o ímpeto de contratações do setor nos três meses seguintes exerceu a maior influência para a alta do IE no mês, revertendo a tendência negativa dos meses anteriores: avançou 6,3 pontos, para 97,1 pontos, o maior nível desde junho de 2017 (101,2 pontos).

A parcela de empresas que preveem aumento do total de pessoal ocupado subiu de 12,9% para 19,8% entre dezembro e janeiro, enquanto a das que projetam diminuição recuou de 17,3% para 15,2% do total.

O Indicador de Produção nos três meses seguintes avançou de forma mais modesta, assim como o de Tendência dos Negócios nos seis meses seguintes, embora este último tenha alcançado o maior nível desde abril de 2013 (106,7 e 108,0 pontos, respectivamente).

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) recuou 0,5 ponto percentual (p.p.) em janeiro, para 74,3%, o menor nível desde setembro de 2017 (74,0%).

“Em janeiro de 2019, a percepção sobre a situação atual dos negócios continuou evoluindo lentamente, sob influência de um ritmo fraco de atividade, como comprova a queda do Nível de Utilização da Capacidade no mês. Mas o setor industrial dá sinais de esperar uma retomada nos próximos meses, após a expressiva desaceleração do segundo semestre do ano passado. As expectativas avançaram bem em janeiro, com melhores previsões para a produção e o emprego no horizonte de três meses e otimismo com relação à evolução do ambiente de negócios no horizonte de seis meses”, afirma Aloisio Campelo Jr., superintendente de Estatísticas Públicas da FGV.

O levantamento coletou informações de 1.047 empresas entre os dias 2 e 24 de janeiro. A próxima Sondagem da Indústria será divulgada em 26 de fevereiro, com prévia no dia 20.

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