Relatório Focus divulgado pelo Banco Central prevê crescimento da economia de 0,85% contra 0,87% da semana passada. É a 18ª semana de corte na previsão de crescimento.

Por Laís Lis, G1 — Brasília

01/07/2019

Os analistas do mercado financeiro reduziram mais uma vez a previsão de crescimento da economia em 2019, segundo dados divulgados pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira (1). Os economistas também reduziram a previsão para a taxa de inflação deste ano.

De acordo com dados do relatório de mercado, conhecido como relatório “Focus”, a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2019 passou de 0,87% para 0,85%. Foi a 18ª semana seguida de corte na previsão de crescimento para o ano. Já a previsão da inflação passou de 3,82% para 3,80%.

Apesar da redução, a previsão do mercado está acima da expectativa de crescimento do Banco Central. Na semana passada, o BC reduziu de 2% para 0,8% a previsão de crescimento do PIB para 2019. A estimativa está no relatório trimestral de inflação, divulgado na quinta-feira (27).

O relatório Focus é resultado de levantamento feito na semana passada com mais de 100 instituições financeiras.

2020 e 2021

Os economistas dos bancos não alteraram a previsões de crescimento do PIB para 2020, mantendo a expectativa em 2,20%. Já a previsão de inflação para o próximo ano caiu de 3,95% para 3,91%.

Já para 2021 a previsão de crescimento do PIB foi mantida em 2,5% com uma inflação de 3,75%.

Taxa de juros

Os analistas do mercado financeiro reduziram mais uma vez a previsão da Selic para o final de 2019. Segundo dados do boletim, os economistas esperam que a taxa básica de juros encerre o ano em 5,50%.

Para o fim de 2020, a estimativa do mercado financeiro para a Selic caiu de 6,50% ao ano para 6%.

Câmbio, balança e investimentos

Os analistas ouvidos pelo relatório Focus não mexeram na projeção da taxa de câmbio para o fim de 2019, que ficou estável em R$ 3,80 por dólar pela sexta semana consecutiva. A previsão do dólar para o fechamento de 2020 e 2021 também não foi alterada ficando em R$ 3,80 e R$ 3,84, respectivamente.

Para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), em 2019, os analistas aumentaram a previsão de superávit de US$ 50,6 bilhões para US$ 50,8 bilhões.

Para o ano que vem, a estimativa dos especialistas do mercado ficou em US$ 46,4 bilhões.

A previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil, em 2019, ficou estável em US$ 85 bilhões. Para 2020, a estimativa dos analistas subiu de US$ 84,28 bilhões para US$ 84,36 bilhões.

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