Com este resultado, o índice acumula alta de 6,71% no ano e de 9,27% em 12 meses.
Por G1
30/07/2020
O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) teve alta de 2,23% em julho, contra avanço de 1,56% em junho, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira (30).
Com este resultado, o índice acumula alta de 6,71% no ano e de 9,27% em 12 meses. Em julho de 2019, o índice havia subido 0,40% e acumulava alta de 6,39% em 12 meses.
O IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de aluguel de imóveis.
“Os três índices componentes do IGP-M apresentaram aceleração em julho. O IPA, índice de maior peso, registrou forte alta nos preços de importantes commodities: minério de ferro (5,83% para 8,98%), soja (1,43% para 8,89%) e bovinos (3,26% para 8,94%). Já o IPC foi diretamente influenciado pela alta de 4,45% no preço da gasolina. Por fim, a taxa do INCC avançou devido aos acordos coletivos firmados no RJ e em SP que resultaram em alta de 0,92% na mão de obra”, afirma André Braz, coordenador dos Índices de Preços do FGV Ibre.
Alta da gasolina
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do índice geral, subiu 3%, ante 2,25% em junho.
A taxa do grupo Bens Intermediários subiu de 1,70% em junho para 2,06% em julho. O principal responsável foi o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cujo percentual passou de 6,12% para 12,78%.
O estágio das Matérias-Primas Brutas subiu 6,35% em julho, ante 2,57% em junho. Contribuíram para o avanço os seguintes itens: soja em grão (1,43% para 8,89%), minério de ferro (5,83% para 8,98%) e bovinos (3,26% para 8,94%).
Com peso de 30%, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), subiu 0,49%, após variar 0,04% em junho.
Cinco das oito classes de despesa componentes do índice registraram avanço em suas taxas de variação. A principal contribuição partiu do grupo Transportes (0,21% para 1,45%). Nesta classe de despesa, destaque para a alta da gasolina, cuja taxa passou de 0,40% em junho para 4,45% em julho.
Também apresentaram acréscimo em suas taxas de variação os grupos Educação, Leitura e Recreação (-1,33% para 0,12%), Habitação (-0,11% para 0,49%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,19% para 0,32%) e Comunicação (0,41% para 0,61%). Os destaques dentro dessas classes de despesa ficam com passagem aérea (-10,08% para 13,55%), tarifa de eletricidade residencial (-1,06% para 1,09%), medicamentos em geral (0,41% para 1,09%) e mensalidade para TV por assinatura (0,53% para 1,46%).
Em contrapartida, os grupos Alimentação (0,45% para 0,05%), Vestuário (-0,11% para -0,24%) e Despesas Diversas (0,21% para 0,20%) registraram decréscimo em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, destacam-se os itens hortaliças e legumes (0,95% para -12,27%), roupas (-0,06% para -0,38%) e alimentos para animais domésticos (1,08% para -0,83%).
Com os 10% restantes, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,84%, ante 0,32% no mês anterior.
Na passagem de junho para julho, Materiais e Equipamentos subiu de 0,81% para 0,92%, Serviços recuou de 0,19% para 0,09% e Mão de Obra avançou de 0% para 0,92%.