Por Francesco Canepa e Balazs Koranyi

FRANKFURT (Reuters) – O Banco Central Europeu manteve sua política monetária ultrafrouxa nesta quinta-feira, resistindo à pressão de adotar mais estímulo em meio a uma nova onda da pandemia, mas deu a indicação mais clara até agora de novo afrouxamento na reunião de dezembro.

Com uma segunda onda de infecções por coronavírus ameaçando a Europa antes do inverno, as maiores economias do bloco, Alemanha e França, anunciaram novos lockdowns. Outros entre os 19 países que usam o euro também estão fechando grande parte de seus setores de serviços, um golpe para a recuperação.

O BCE alertou que a pandemia apresenta riscos para o crescimento econômico e que vai reavaliar se será necessário mais suporte na reunião de 10 de dezembro, quando novas projeções serão disponibilizadas.

“O Conselho vai recalibrar seus instrumentos, conforme apropriado, para responder aos desdobramentos da situação e garantir que as condições de financiamento permaneçam favoráveis para sustentar a recuperação econômica e combater o impacto negativo da pandemia na trajetória projetada de inflação”, disse o BCE em comunicado.

Já tendo adotado estímulo sem precedentes , o BCE parece não ter pressa para agir, embora tenha mantido a antiga promessa de fornecer mais estímulo se necessário.

O BCE separou 1,35 trilhão de euros para compras de títulos até meados de 2021 e ainda tem cerca de 700 bilhões disso para usar.

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