Segundo FGV, avanço da vacinação, embora lento, e a maior demanda externa são elementos que tendem a contribuir com a melhora das expectativas.
Por G1
O Índice de Confiança da Indústria (ICI) subiu 0,7 ponto em maio para 104,2 pontos, conforme divulgado nesta quinta-feira (27) pela Fundação Getulio Vargas. Com o resultado, o indicador eliminou a queda observada no mês de abril e voltou ao mesmo patamar de março.
Em médias móveis trimestrais, porém, o índice caiu 1,2 pontos.
Segundo a FGV, a melhora foi influenciada pela melhora das expectativas para os próximos meses, enquanto a percepção das empresas sobre a situação atual continua piorando para 12 dos 19 segmentos que compõe a pesquisa.
“O resultado está relacionado os efeitos da desvalorização do real e da escassez de insumos. Contudo, o avanço da vacinação, embora lento, e a recuperação de economias externas, ampliando as exportações, são elementos que tendem a contribuir com a melhora das expectativas para o próximo semestre”, avaliou Claudia Perdigão, economista do FGV IBRE.
Componentes do indicador
O Índice Situação Atual (ISA), teve queda de 0,5 ponto, acomodando em 109,5 pontos. O indicador que mede o nível dos estoques recuou 0,3 ponto para 113,0 pontos, enquanto a situação corrente dos negócios variou 0,3 ponto para 107,6 pontos.
Já o Índice de Expectativas (IE) subiu 2,1 pontos para 99,0, muito próximo ao nível neutro (100 pontos). A produção prevista para os próximos três meses foi o componente que mais contribuiu para o aumento confiança em maio ao subir 6,5 pontos para 93,1 pontos, recuperando em 42,8% a queda sofrida entre janeira e abril.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada subiu 1,1 ponto percentual, para 77,8%.
“A recuperação industrial foi vigorosa no pós-pandemia, mas a segunda onda de Covid somada a desarticulação do tecido econômico decorrente do choque exógeno da pandemia está cobrando o setor tanto numa demanda ainda fraca e custos em alta”, destacou o economista da Necton, André Perfeito.