Por Howard Schneider

WASHINGTON (Reuters) – O Federal Reserve deve sinalizar nesta quarta-feira planos de elevar a taxa de juros em março conforme se foca no combate à inflação e deixa de lado, ao menos por enquanto, riscos econômicos apresentados pela pandemia do coronavírus, pela volatilidade do mercado e por temores do Ocidente com uma invasão da Ucrânia pela Rússia.

A decisão de política monetária, a ser divulgada às 16h (horário de Brasília, não vai comprometer o banco central norte-americano com um curso particular de ação para quando seu comitê de decisão de juros se reunir de novo em sete semanas.

Mas, se não houver uma grande mudança na trajetória da economia, o Fed deve começar a retirar o suporte da era da pandemia no encontro de março, apostando que uma combinação de juros mais altos e presença menor do banco central em mercados financeiros ajudará a desacelerar o ritmo de alta dos preços.

As reuniões antes de tais medidas monetárias são tipicamente usadas para telegrafar o que está por vir.

Com a inflação nos EUA “muito alta” e a taxa de desemprego em apenas 3,9%, o chair do Fed, Jerome Powell, e seus colegas “vão elogiar a economia sem parecerem apocalípticos em relação à inflação, preparando o terreno para um aumento” dos juros em março, disse o economista da Cornerstone Macro Roberto Perli em nota.

Eles também devem continuar debatendo como e quando reduzir a carteira de Treasuries e títulos lastreados em hipotecas do banco central.

Powell dará entrevista à imprensa meia hora depois da divulgação do comunicado. As autoridade do Fed não fornecerão nesta quarta-feira projeções econômicas e para os juros atualizadas.

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