Por Alex Lawler

LONDRES (Reuters) – Autoridades da Opep acreditam que uma possível proibição da União Europeia ao petróleo da Rússia por causa da invasão à Ucrânia prejudicaria os consumidores, disseram fontes da Opep, acrescentando que essas preocupações foram transmitidas a Bruxelas.

Os principais membros da Opep, como Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, tentaram navegar em um território neutro entre o Ocidente e Moscou, enquanto a Opep+, grupo que inclui a Rússia, evitou a questão da Ucrânia em suas reuniões.

A UE, que depende muito do petróleo russo, já impôs duras sanções à Rússia, incluindo o congelamento dos ativos de seu banco central. O bloco vem discutindo se e como aplicar sanções à indústria de energia da Rússia.

Autoridades da Opep, incluindo o secretário-geral Mohammad Barkindo, encontraram-se com o comissário de Energia da UE, Kadri Simson, em 16 de março para discutir os “tempos extraordinários” para o mercado de energia, disse Simson no Twitter.

Uma das fontes da Opep disse que as preocupações do grupo foram externadas para a UE. “Eles estão muito bem informados”, disse a fonte, que não quis ser identificada.

Questionada sobre a reunião de 16 de março, uma autoridade da UE disse: “A Opep apresentou sua análise da situação do mercado de petróleo e nos informou sobre seus planos em termos de produção de petróleo”.

“Como sempre dissemos, nada está fora da mesa em termos de sanções futuras”, afirmou.

A sede da Opep em Viena não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

(Reportagem adicional de Kate Abnett e Ahmad Ghaddar)

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