A Gemini divulgou um relatório sobre o mercado cripto que aponta o Brasil como líder na adoção de criptoativos na América Latina. De acordo com o estudo, 44% dos entrevistados no país afirmaram possuir moedas digitais.
O Brasil registrou quase o dobro de investidores cripto em comparação com o segundo colocado no ranking, o México, onde 22% da população declarou que já investiu em criptoativos.
Considerado líder global na adoção de moedas digitais, o Brasil possui mais investidores de criptoativos que o segundo e o terceiro lugar somados, apresentados no relatório da Gemini. A Colômbia aparece em terceiro lugar na lista, onde 16% dos entrevistados afirmaram que investem no mercado cripto.
Mulheres investem em criptoativos
O relatório da Gemini destacou ainda como é a participação do gênero feminino no mercado cripto brasileiro. No total, 45% dos investidores entrevistados são mulheres, o que revela um aumento da participação feminina no setor.
E a presença feminina pode aumentar consideravelmente no mercado cripto brasileiro, segundo a pesquisa. Ou seja, cerca de 55% dos entrevistados que pretendem investir em moedas digitais no próximo ano, são mulheres.
A confiança em criptoativos também é maior no Brasil do que em outros países, como os Estados Unidos. Apenas 13% dos entrevistados disseram que não investem em moedas digitais devido a falta de segurança no mercado. Enquanto isso, nos EUA e na Europa esse índice é de 33%, revela a Gemini.
Inflação aumenta adoção de moedas digitais
O relatório observa que existe uma correlação com o índice de inflação dos países da América Latina e a adoção de criptoativos. Embora o real esteja em valorização em 2022, nos últimos dez anos a moeda fiduciária brasileira desvalorizou 218% em relação ao dólar.
Portanto, para a Gemini a adoção de criptoativos pode ter relação com o aumento da inflação e a desvalorização de moedas fiduciárias, como é o caso do México. Segundo lugar no ranking de adoção cripto da América Latina, o peso mexicano teve uma desvalorização de 67% diante do dólar na última década.
Por Panorama Crypto