Fabricante de aeronaves estima uma margem de lucro maior em 2020.
Por Reuters
16/01/2019
A Embraer reduziu suas projeções de desempenho para 2018, pressionada por queda nas entregas de jatos executivos ante suas expectativas iniciais e estimou que sua margem de lucro antes de juros e impostos vai sair de próximo de zero neste ano para 2% a 5% em 2020, primeiro ano após a formação da aliança com a Boeing.
A companhia reduziu a previsão de entregas de 105 a 125 jatos executivos em 2018 para 91 unidades e manteve a expectativa sobre aviões comerciais em 85 a 95 aeronaves.
Para 2020, a Embraer estimou ainda uma receita líquida entre US$ 2,5 bilhões e US$ 2,8 bilhões e um fluxo de caixa livre próximo de zero.
A empresa afirmou que a previsão para 2020 considera a totalidade de suas divisões de jatos executivos e de produtos de defesa, que não foram incluídos na parceria com a Boeing, mas excluem os resultados esperados relativos à participação de 20% da empresa na joint-venture em aviação comercial a ser formada este ano com o grupo norte-americano.
Acordo com a Boeing
A parceria entre Embraer e Boeing prevê a criação de uma nova empresa avaliada em US$ 5,26 bilhões.
A Boeing será controladora da empresa, com 80% de participação, ao fazer um pagamento de US$ 4,2 bilhões (o equivalente a R$ 16,4 bilhões), cerca de 10% maior que o inicialmente previsto.
Os 20% restantes serão da fabricante brasileira, que poderá vender sua parte para a norte-americana a qualquer momento, por meio de uma opção de venda.