Informações sobre as contas externas brasileiras foram divulgadas nesta segunda-feira pelo Banco Central. Com queda, investimento direto não foi suficiente para financiar o déficit das contas externas no mês passado.

Por Alexandro Martello, G1 — Brasília

25/02/2019

A conta de transações correntes registrou um déficit de US$ 6,548 bilhões em janeiro, informou nesta segunda-feira (25) o Banco Central. Com isso, houve pequena piora nas contas externas frente ao mesmo mês de 2018, quando foi registrado um rombo de US$ 6,293 bilhões.

A conta de transações correntes é formada pela balança comercial (comércio de produtos entre o Brasil e outros países), pelos serviços (adquiridos por brasileiros no exterior) e pelas rendas (remessas de juros, lucros e dividendos do Brasil para o exterior). Trata-se de um dos principais indicadores do setor externo brasileiro.

Em todo ano passado, as contas externas registraram um déficit de US$ 14,511 bilhões, com crescimento frente ao ano anterior (-US$ 7,235 bilhões). Para 2019, a expectativa do Banco Central é de nova piora no rombo das contas externas – com um déficit em transações correntes de US$ 35,6 bilhões.

De acordo explicações do Banco Central, o aumento do déficit das contas externas é um movimento esperado quando a economia cresce, pois aumenta a demanda dos residentes no país por produtos do exterior.

Investimento estrangeiro

O Banco Central também informou nesta segunda-feira que os investimentos estrangeiros diretos na economia brasileira somaram US$ 5,866 bilhões janeiro, com queda de 30% frente ao mesmo período do ano passado (US$ 8,363 bilhões).

Com o recuo, ainda de acordo com a instituição, os investimentos estrangeiros não foram suficientes para cobrir o rombo das contas externas no mês passado (US$ 6,548 bilhões).

Para 2019, o Banco Central estima um ingresso de US$ 90 bilhões em investimentos estrangeiros diretos na economia brasileira.

Deste modo, os investimentos teriam montante suficiente para “financiar” em sua totalidade o déficit das contas externas do período – cuja estimativa do BC é de US$ 35,6 bilhões neste ano.

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