Dados são da Anbima. Em todo o ano de 2018, quantia arrecadada com os papeis na bolsa foi de R$ 11,3 bilhões.

Por G1

11/07/2019

As ofertas de ações na bolsa brasileira (B3) somaram R$ 29,3 bilhões no primeiro semestre de 2019, divulgou nesta quinta-feira (11) a Associação Brasileira das Entidades do Mercado Financeiro e de Capitais (Anbima). O valor supera o apurado no ano passado inteiro (R$ 11,3 bilhões) e é o maior para o período de toda a série histórica, iniciada em 2002.

Desse total, R$ 4,5 bilhões correspondem a ofertas inciais de ações (IPOs) e R$ 24,8 bilhões a ofertas subsequentes (follow-ons).

“O segundo trimestre foi bastante aquecido e promissor para a renda variável, já refletindo as expectativas positivas do mercado sobre a reforma da Previdência”, disse em nota José Eduardo Laloni, vice-presidente da Anbima. “Com a notícia da aprovação na Câmara dos Deputados em primeiro turno, renovamos nosso otimismo quanto a novas emissões de ações nos próximos semestres”, completou.

No total, as empresas brasileiras movimentaram R$ 212,6 bilhões no mercado de capitais no primeiro semestre, alta de 23% em relação a igual período de 2018. Desses, R$ 130,4 bilhões foram dentro do país.

Renda fixa

As debêntures, emitidas no Brasil e no exterior, totalizaram R$ 84,6 bilhões no semestre, alta de 9% na mesma comparação. Os prazos desses títulos foram alongados: a parcela dos que tinham vencimento até três anos caiu de 36,4% para 15,8%, enquanto aqueles de quatro a seis anos e de sete a nove anos subiram 9 e 12 pontos percentuais, respectivamente.

Entre as outras operações de renda fixa, os fundos imobiliários avançaram 40%, de R$ 8,3 bilhões para R$ 11,6 bilhões.

Os CRAs (Certificados de Recebíveis de Agronegócio) e as letras financeiras captaram R$ 5,4 bilhões e R$ 6,6 bilhões, respectivamente.

Fora do país

No mercado externo, as operações das companhias brasileiras somaram US$ 12,3 bilhões no primeiro semestre, dos quais US$ 12 bilhões foram em emissões de renda fixa e US$ 300 milhões em renda variável. No primeiro semestre de 2018, o volume chegou a US$ 12,9 bilhões.

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