Tanto a percepção sobre a situação atual dos negócios quanto o índice de expectativas tiveram alta.

Por Valor Online

31/07/2019

A confiança empresarial registrou alta em julho, mostrou nesta quarta-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV). O índice que mede esse sentimento subiu 0,9 ponto ante junho, para 93,9 pontos. Na métrica de média móveis trimestrais, o índice avançou 0,1 ponto, após recuar nos quatro meses anteriores.

O Índice da Situação Atual (ISA-E), sobre a percepção sobre a situação atual dos negócios, subiu 0,1 ponto entre junho e julho, para 89,9 pontos. O índice tem oscilado numa estreita faixa em torno de 90 pontos, baixa em termos históricos, desde março de 2018, indicou a FGV. Já o Índice de Expectativas (IE-E) teve elevação de 0,9 ponto, para 101 pontos, o maior resultado desde setembro de 2013 (101,4 pontos).

Entre os subíndices que compõem o ICE, pelo segundo mês consecutivo, apenas a confiança da indústria teve queda, permanecendo abaixo da zona de neutralidade (100 pontos) desde junho de 2018. No setor de serviços, a confiança teve a segunda alta consecutiva, recuperando parte das perdas entre fevereiro e março.

No comércio, houve avanço da confiança, influenciada tanto pela melhora da percepção atual dos negócios quanto das expectativas para os próximos meses. Para as empresas da construção, a confiança subiu e retornou ao nível de dezembro de 2018.

A FGV apontou ainda que confiança avançou em 67% dos 49 segmentos que integram o ICE em julho. Os destaques do mês foram o comércio, setor em que todos os segmentos registraram alta, e a construção, com aumento da confiança em 91% dos segmentos. Em junho, a disseminação da alta havia alcançado 65% dos segmentos.

“A alta da confiança empresarial pelo segundo mês consecutivo foi motivada principalmente pela melhora das expectativas. O resultado parece estar relacionado com a aprovação da votação em primeiro turno da reforma da Previdência e medidas para incentivar o consumo como a liberação dos recursos do FGTS e PIS/Pasep. Para que haja uma recuperação mais consistente será necessária a efetiva melhora do nível de atividade. Na análise setorial, o comércio se destaca e a indústria de transformação segue piorando pelo terceiro mês consecutivo”, diz Viviane Seda Bittencourt, coordenadora das Sondagens, em comentário enviado à imprensa.

O ICE consolida os índices de confiança dos quatro setores cobertos pelas Sondagens Empresariais produzidas pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da FGV: indústria, serviços, comércio e construção.

Foram coletadas informações de 4.694 empresas entre 1º e 25 de julho.

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