Entre os empresários consultados pelo levantamento, 18% preveem aumento no nível de contratação nos últimos meses do ano, 10% esperam queda e 70% projetam estabilidade.
Por G1
10/09/2019
O índice que mede a expectativa de emprego no Brasil aponta para um quadro modesto do mercado de trabalho até o fim do ano, segundo pesquisa da consultoria ManpowerGroup divulgada nesta terça-feira (10).
Entre os empresários consultados pelo levantamento, 18% preveem aumento no nível de contratação no quarto trimestre, 10% esperam queda e 70% projetam estabilidade.
Como resultado, o índice que apura a Expectativa Líquida de Emprego está positivo em 9% – já feito o ajuste sazonal. O indicador está dois pontos percentuais acima do observado no mesmo período do ano passado.
“A pesquisa mostra que os empresários estão efetivamente aguardando o crescimento da economia voltar a criar emprego”, afirma o presidente do ManpowerGroup no Brasil, Nilson Pereira.
O levantamento entrevistou 59 mil empregadores de 44 países, sendo 850 brasileiros.
No recorte regional, o melhor desempenho do mercado de trabalho deve ser observado em Minas Gerais. Entre os empresários mineiros, a intenção de contratação está positiva em 18%, também levando-se em conta o ajuste sazonal. Na sequência, aparecem o estado de São Paulo (10%), Paraná (7%) e Rio de Janeiro (5%).
Setores
Entre os oito setores pesquisados pelo levantamento, o desempenho esperado para os últimos meses do ano deve ser bastante homogêneo.
A contratação deve ser mais intensa na construção civil, que esboça uma retomada depois de anos de recessão. A expectativa líquida de emprego está positiva em 12 pontos percentuais. O desempenho mais fraco será o da indústria, com saldo positivo de 8%.
“Todos os setores estão com uma expectativa parecida, inclusive a construção civil, que vinha com um desempenho negativo nos últimos anos”, afirma Pereira.
Desempenho global
No ranking global, o Brasil está na 14ª colocação entre os países com mais intenção de contratação no quarto trimestre. A liderança é do Japão (mais 26%) e Taiwan (diferença positiva de 21%).
As últimas posições são ocupadas por Espanha (0%), República Tcheca (+2%) e Suíça (+3%).
Expectativa de emprego por países
1 | Japão | 26% | 23 | Hungria | 7% | |
2 | Taiwan | 21% | 24 | Bélgica | 6% | |
3 | Estados Unidos | 20% | 25 | França | 6% | |
4 | Índia | 19% | 26 | Alemanha | 6% | |
5 | Grécia | 18% | 27 | Irlanda | 6% | |
6 | Eslovênia | 17% | 28 | Israel | 6% | |
7 | Nova Zelândia | 15% | 29 | Eslováquia | 6% | |
8 | Hong Kong | 14% | 30 | Turquia | 6% | |
9 | Canadá | 12% | 31 | Áustria | 5% | |
10 | Austrália | 11% | 32 | Holanda | 5% | |
11 | Noruega | 10% | 33 | Reino Unido | 5% | |
12 | Portugal | 10% | 34 | China | 4% | |
13 | Suécia | 10% | 35 | Finlândia | 4% | |
14 | Brasil | 9% | 36 | Itália | 4% | |
15 | Colômbia | 9% | 37 | Panamá | 4% | |
16 | Guatemala | 9% | 38 | Singapura | 4% | |
17 | Polônia | 9% | 39 | África do Sul | 4% | |
18 | México | 8% | 40 | Argentina | 3% | |
19 | Peru | 8% | 41 | Costa Rica | 3% | |
20 | Romênia | 8% | 42 | Suíça | 3% | |
21 | Bulgária | 7% | 43 | República Tcheca | 2% | |
22 | Croácia | 7% | 44 | Espanha | 0% |