Na semana em que o Copom se reúne para definir a taxa Selic, mercado ratifica aposta em novo corte de 0,75 ponto percentual, para 2,25% ao ano

Lucas Bombana

15/06/2020

SÃO PAULO – Em queda pela 18ª semana consecutiva, a projeção para o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2020 passou de contração de 6,48% para 6,51%, segundo o mais recente boletim Focus do Banco Central, divulgado nesta segunda-feira. Há um mês, a estimativa para a retração da atividade estava em 5,12%.

Para 2021, a projeção para o PIB se manteve inalterada pela terceira semana seguida, com crescimento de 3,5%.

Ao mesmo tempo em que apostam em um ritmo cada vez pior da atividade econômica, os especialistas consultados pelo BC aumentaram a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Para 2020, a expectativa é que o numero oficial de inflação encerre dezembro em 1,60%, ante 1,53% na semana anterior. Já para 2021, a projeção caiu, de 3,10% para 3%.

Na semana em que o Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne para definir a taxa Selic para os próximos 45 dias, a expectativa dos agentes econômicos para os juros básicos se manteve em 2,25% ao fim deste ano, apostando em uma queda de 0,75 ponto percentual no encontro de quarta-feira (17). Para 2021, a projeção caiu de 3,5% para 3%.

Por fim, em relação à taxa de câmbio, após a forte apreciação recente do real em relação ao dólar, a estimativa no Focus para 2020 recuou de R$ 5,40 para R$ 5,20. Para o ano que vem, a projeção foi de R$ 5,08 para R$ 5.

Top 5

Entre os economistas ouvidos pela autoridade monetária que mais acertam as previsões, reunidos no grupo “Top 5 médio prazo”, a estimativa para taxa Selic subiu de 2,13% para 2,25%, em 2020. Já para o ano que vem, caiu de 2,75% para 2,25%.

Para o câmbio, a estimativa do “Top 5 médio prazo” foi de R$ 5,20 para R$ 5,30 neste ano, se mantendo inalterada em R$ 5,20 para o próximo exercício.

No que tange ao índice oficial de preços, o grupo que mais acerta prevê inflação de 1,51% em 2020 (ante 1,67% há uma semana), e de 2,80% em 2021 (frente a 3,25% no boletim anterior).

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