Confiança cresceu impulsionada pela retomada das obras e por expectativas mais otimistas em relação à demanda. A percepção em relação ao momento corrente já retornou ao patamar de 2019.

Por G1
28/07/2020

O índice que mede a confiança das empresas de construção da Fundação Getulio Vargas avançou em julho 6,6 pontos, alcançando 83,7 pontos.

De acordo com Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da Construção da FGV IBRE, a confiança cresceu impulsionada pela retomada das obras e por expectativas mais otimistas em relação à demanda. A percepção em relação ao momento corrente já retornou ao patamar de 2019.

“A atividade da construção deu outro passo em direção à recuperação ao nível pré-pandemia. No entanto, vale a ressalva que naquele período as empresas apenas começavam a recuperar as perdas registradas no ciclo de forte retração entre 2014 e 2018. De todo modo, as expectativas têm avançado e o número de empresas apontando crescimento da demanda dos próximos meses já superou o de empresas assinalando queda”, avaliou Ana Maria Castelo.

Neste mês, o avanço decorre de melhor avaliação dos empresários sobre a situação atual e principalmente pela diminuição do pessimismo em relação aos próximos meses.

O Índice de Expectativas subiu 8,5 pontos, para 91,7 pontos, recuperando aproximadamente 72% das perdas observadas entre janeiro (104,2 pontos, maior valor do ano) e abril (59,9 pontos, menor valor do ano).

O Índice de Situação Atual aumentou 4,5 pontos, para 76,0 pontos, ficando 0,9 ponto acima de julho de 2019 (75,1 pontos), com destaque para a alta do indicador de situação atual dos negócios. O indicador alcançou em julho 87,7% do patamar de fevereiro, mês anterior ao início do isolamento social determinado pela Covid.

A percepção de melhora não tem sido uniforme entre os segmentos setoriais. Preparação de Terrenos e Edificações Residenciais vêm mostrando recuperação mais rápida e já estão próximos do patamar pré-Covid, mas ainda em patamares baixos em termos históricos. Com o fim do isolamento social, o mercado imobiliário mostra uma recuperação relativamente rápida, avaliou Ana Castelo.

O Nível de Utilização da Capacidade subiu 1,9 ponto percentual, para 69,9%, com a maior contribuição vindo da mão de obra. Já o de Máquinas e Equipamentos ficou praticamente estável.

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