HOSTOUN (Reuters) – Trabalhadores do setor de petróleo e gás foram retirados em massa de instalações de produção “offshore” nos Estados Unidos em meio ao avanço do furacão Delta, que se transformou em uma poderosa tempestade sobre o Caribe e está a caminho do Golfo do México.
Os ventos do Delta alcançaram 235 quilômetros por hora à medida que a tempestade seguia rumo à península de Yucatán, no México, para eventualmente entrar no Golfo do México, onde as águas quentes devem fazer com que ele volte a ser uma tempestade de categoria 4, segundo o Centro Nacional de Furações.
Produtores de petróleo retiraram equipes de 57 unidades produtivas no Golfo do México até terça-feira, paralisando a produção de 540 mil barris por dia de petróleo e 232 milhões de pés cúbicos por dia de gás natural. A região responde por cerca de 17% da produção de petróleo dos EUA.
O Delta deve atingir a costa do Golfo dos EUA no final de semana, sendo a décima tempestade a chegar ao território norte-americano neste ano, ultrapassando um recorde registrado em 1916.
Após perder força em Yucatán, o Delta deve se reforçar e virar uma massiva tempestade.
Segundo o centro de furacões, haverá aumento significativo no campo de vento do Delta enquanto ele estiver sobre o Golfo do México, causando uma grande tempestade e ameaças de forte vento sobre a costa do Golfo dos EUA.
Empresas de petróleo precisaram paralisar plataformas e retirar trabalhadores diversas vezes durante esta temporada de tempestades.
A pandemia Covid-19 complicou ainda mais as partidas e retornos, uma vez que alguns trabalhadores são obrigados a ficar em quarentena em terra e fazer teste para o vírus antes de retornar.
As retiradas de equipes devido ao furacão Delta são pelo menos a sexta vez em que algumas empresas tiveram que remover funcionários e reduzir a produção desde junho.
(Por Erwin Seba)