Investing.com – Tendo como pano de fundo a baixa alavancagem, a melhor posição de negócios pelo fluxo de caixa livre positivo, os aumentos de capital e as aquisições recentes, a Fitch Ratings elevou o rating nacional da Minerva (BEEF3) para AA, de A+. Além disso, a agência elevou o rating internacional para BB, de BB-.

Segundo relatório de mudança de rating distribuído na quarta-feira (7), a perspectiva para os ratings no longo prazo é estável. Às 12h19, as ações BEEF3 eram negociadas a R$ 10,96, em baixa de 0,64%, com mínima em R$ 10,89 e máxima em R$ 11,12, com R$ 14,31 milhões de volume negociado.

Razões para melhora

A expectativa da Fitch é que a baixa alavancagem da Minerva atinja cerca de 2,2x em 2020, ante 3,6x em 2019. As justificativas para isso são um aumento do Ebitda, que deve continuar com base nos melhores preços e na grande demanda relativos à exportação, os cerca de R$ 1,4 bilhão em caixa após a oferta pública de ações do primeiro semestre deste ano, além dos bônus de subscrição exercidos no mesmo período.

A demanda de exportação deve continuar a subir, devido “ao acesso aos mercados de exportação da América do Sul e ao relacionamento de longo prazo com fornecedores, clientes e distribuidores”, diz o relatório. Além disso, o impacto da gripe suína africana na China deve favorecer os produtores da América do Sul.

IPO de subsidiária

Outro ponto destacado pela Fitch é a possibilidade de a Athena Foods, subsidiária internacional da Minerva, passar a ser listada na Nasdaq por meio da combinação de seus negócios com uma sociedade de propósito específico para aquisição, que renderá US$ 200 milhões à Minerva e US$ 100 milhões à Athena, que continuará a deter cerca de 77% do negócio. Na visão da Fitch, tais recursos devem ser usados para reduzir a dívida e financiar aquisições.

Além disso, a Fitch elencou certos fatores que poderiam elevar o rating, como a geração de FCF positiva em bases sustentáveis, a redução substancial da alavancagem, o aumento da escala e da diversificação geográfica.

Riscos

No entanto, a Fitch destacou também alguns riscos para a empresa, como o fato de estar exposta a riscos sanitários, ambientais, de desmatamento e restrições de importação. No entanto, segundo a agência, a diversificação geográfica da empresa por meio de sua subsidiária Athena Foods pode minimizar tais riscos. Outro ponto, porém, é a volatilidade sazonal.

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