Por Lisandra Paraguassu

BRASÍLIA (Reuters) – O governo federal vai investir 5,63 bilhões de reais na compra de 100 milhões de doses da vacina da Pfizer (NYSE:PFE) (SA:PFIZ34) contra a Covid-19 e outros 2,14 bilhões de reais na aquisição de 38 milhões de doses do imunizante da farmacêutica Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson (NYSE:JNJ) (SA:JNJB34) de acordo com os extratos de dispensa de licitação publicados no Diário Oficial da União.

O Ministério anunciou na segunda-feira a assinatura do contrato com os dois laboratórios, depois de meses de negociações.

A vacina da Pfizer foi a primeira a receber o registro definitivo no país pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Já a Janssen ainda não tem registro definitivo, mas deve receber brevemente a autorização de uso emergencial, já que tem o registro nos Estados Unidos e em outros países que são usados como base para a análise da Anvisa.

O valor total a ser desembolsado pelo governo federal, 7,77 bilhões de reais, são parte dos 20 bilhões que foram reservados no orçamento, no início deste ano, para aquisição de imunizantes.

Nas últimos semanas, o governo federal anunciou também a compra de 10 milhões de doses da vacina russa Sputnik V e 20 milhões da indiana Covaxin. Nenhuma das duas, no entanto, entregou ainda os documentos necessários para pedido de registro emergencial ou definitivo no país.

Em entrevista na segunda-feira, Eduardo Pazuello –que teve na noite do mesmo dia seu substituto no comando do Ministério da Saúde anunciado– afirmou que, somando todos os acordos já firmados pela pasta com diferentes laboratórios, o Brasil tem garantidas 562 milhões de doses de vacinas da Covid-19 para o ano de 2021.

Até o momento, no entanto, foram distribuídas apenas cerca de 25 milhões de doses aos estados e municípios, sendo 20,6 milhões de doses da CoronaVac, do laboratório chinês Sinovac (NASDAQ:SVA), que está sendo envasada pelo Instituto Butantan, e 4 milhões de doses da vacina da AstraZeneca importadas da Índia.

Com a escassez de doses, a vacinação no país tem caminhado a ritmo lento, com apenas cerca de 6% da população acima de 18 anos vacinada com a primeira dose, de acordo com levantamento feito pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

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