As taxas de retorno dos títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto exibiam viés de alta nesta sexta-feira (27), com investidores de olho no discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Jerome Powell.

As recentes declarações de nomes importantes de dentro do Fed, inclusive do próprio Powell, sugerem uma retirada antecipada dos estímulos monetários nos Estados Unidos, medida que, caso se concretize, impactará os mercados ao redor de todo o globo. De olho no cenário internacional, o dólar oscilava, exibindo viés de baixa após subir no início da manhã.

No cenário doméstico, destaca-se a preocupação com a crise hídrica e o risco de racionamento de energia. É aguardada a divulgação da bandeira tarifária que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) irá aplicar em setembro, em meio à inflação já elevada e distante do teto da meta para 2021. Diante desse cenário, as taxas de juros subiam.

Cotações
A remuneração do título público Tesouro Prefixado 2024 subia a 9,43% ao ano, de 9,39% na quinta-feira (26). O Tesouro Prefixado 2026 oferecia juros anuais de 9,73%, ante 9,70% no fechamento anterior.

Dentre os títulos indexados à inflação, o Tesouro IPCA+ 2026 oferecia taxa de retorno anual de IPCA mais 4,40%, ante taxa de IPCA mais 4,38% observada na véspera. A rentabilidade do Tesouro IPCA+ 2045 se mantinha em IPCA mais 4,60%, como no último fechamento.

Títulos públicos
O Tesouro IPCA (antiga NTN-B) proporciona ao investidor uma rentabilidade em termos reais. É um título que paga uma taxa fixa acrescida da variação do IPCA (inflação).

O Tesouro Prefixado (antiga LTN) é um título prefixado, e por isso o investidor tem a exata noção de qual será o retorno obtido desde o dia que efetuar a compra até a data do vencimento do título.

Já o Tesouro Selic (antiga LFT) é um título que proporciona ao investidor uma rentabilidade pós-fixada atrelada à variação da taxa Selic.

Títulos públicos são ativos de renda fixa que possuem a finalidade de captar recursos para o financiamento da dívida pública e financiar atividades do Governo.

Vale destacar que a taxa de retorno e o preço dos títulos públicos têm comportamento inversamente proporcional, ou seja, quando um sobe o outro cai.

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