Por Bernardo Caram

BRASÍLIA (Reuters) – O setor público consolidado brasileiro registrou um superávit primário de 3,471 bilhões de reais em fevereiro, informou o Banco Central nesta segunda-feira, resultado que superou as projeções de mercado.

Em pesquisa Reuters, a expectativa era de um déficit primário de 8,6 bilhões de reais no mês.

A dívida bruta do país ficou em 79,2% do PIB em fevereiro, contra 79,5% em janeiro. A dívida líquida foi a 57,1%, ante 56,6% no mês anterior.

O resultado em 12 meses alcançou um superávit de 123,427 bilhões de reais, o que corresponde a 1,4% do Produto Interno Bruto (PIB). O dado engloba as contas de governo central (governo federal, Banco Central e INSS), Estados, municípios e empresas estatais.

O número de fevereiro foi impulsionado pelos dados positivos dos governos regionais, que vêm registrando ganhos de arrecadação com a retomada da atividade e o salto nos preços de combustíveis.

Os entes foram superavitários em 20,172 bilhões de reais no mês. Desse montante, o saldo dos Estados ficou positivo em 15,571 bilhões de reais, enquanto os municípios ficaram no azul em 4,601 bilhões de reais.

As empresas estatais tiveram superávit de 2,480 bilhões de reais no período.

Por outro lado, o governo central ficou no vermelho, com déficit de 19,181 bilhões de reais.

A nota foi apresentada pela autoridade monetária com aproximadamente um mês de atraso. A divulgação de indicadores pelo BC tem sido comprometida pela mobilização de servidores que pressionam o governo por reajustes salariais. A categoria aprovou a retomada da greve a partir de terça-feira.

Em relação ao gasto com juros nominais, o total do mês ficou em 26,016 bilhões de reais. No ano, o dado atingiu 422,536 bilhões de reais, equivalente a 4,78% do PIB.

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