Analistas acreditam que as duas partes provavelmente não chegarão a um acordo final nesta etapa, devido a exigências de Washington.
Por G1
14/02/2019
A terceira rodada de negociações entre a China e os Estados Unidos para colocar um fim à guerra comercial começou nesta quinta-feira (14) em Pequim, onde as duas equipes tentam aproximar as posições antes do prazo, para evitar o ressurgimento da disputa tarifária.
Entenda a guerra comercial e seus possíveis impactos
As tarifas dos EUA sobre US$ 200 bilhões em importações chinesas devem subir de 10% para 25% caso os dois lados não cheguem a um acordo até 1º de março, aumentando a pressão e os custos em setores de produtos eletrônicos para a agricultura.
A agência oficial chinesa “Xinhua” confirmou o início de “uma nova rodada de consultas econômicas e comerciais de alto nível na quinta-feira de manhã” em uma “cerimônia” presidida pelo vice-primeiro-ministro Liu He, pelo lado chinês, e pelo chefe negociador comercial de Washington, Robert Lighthizer, e o secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, na parte americana.
A breve nota apenas acrescenta que as reuniões serão estendidas até sexta-feira (15), dados que já eram conhecidos. Várias reuniões de preparação foram realizadas entre a última segunda-feira e ontem entre os membros das delegações.
Os analistas acreditam que as duas partes provavelmente não chegarão a um acordo final nesta terceira rodada por conta das exigências de Washington.
Pontos discutidos
As principais questões levantadas pelo governo dos EUA são a proteção da propriedade intelectual, transferência forçada de tecnologia, subsídios de Pequim para as empresas locais que geram desigualdades com empresas estrangeiras, roubo cibernético, controles de câmbio e acesso ao mercado do gigante asiático.
Os presidentes dos EUA e China, Donald Trump e Xi Jinping, respectivamente, acordaram uma trégua comercial de 90 dias, no dia 1º de dezembro do ano passado, o que significou a suspensão provisória da aumento de 10% a 25% das tarifas americanas a produtos chineses avaliados em US$ 200 bilhões.