Por Enrico Dela Cruz
(Reuters) – Os contratos futuros do minério de ferro na Ásia recuaram na quinta-feira de um pico de seis semanas atingido durante uma recuperação no início desta semana, que foi impulsionada principalmente pelo apoio de medidas da China, particularmente para seus incorporadores imobiliários.
O aço inoxidável também foi destaque, com o contrato futuro de referência de Xangai caindo para o nível mais baixo desde meados de julho, devido às preocupações com a fraca demanda, exacerbada pelo aumento dos estoques na China.
O minério de ferro mais negociado para entrega em maio na Bolsa de Commodities de Dalian fechou em queda de 3,2%, a 642,50 iuanes (101,29 dólares) a tonelada, após avançar por três dias.
O contrato mais ativo do ingrediente siderúrgico para janeiro na Bolsa de Cingapura caía 2,5%, para 109,70 dólares a tonelada, durante a madrugada.
“As perspectivas para o mercado do minério de ferro são desafiadoras”, escreveram estrategistas de commodities da ANZ em nota.
“Com as restrições à indústria siderúrgica da China, a demanda por minério de ferro deve ser contida. Mesmo assim, as restrições de oferta combinadas com uma estabilização no setor imobiliário da China devem limitar o lado negativo.”
No início desta semana, o Politburo da China, seu principal órgão de tomada de decisões, prometeu promover um desenvolvimento saudável do setor imobiliário, em um comunicado que veio logo após o banco central da China anunciar um corte na taxa de depósito compulsório dos bancos para impulsionar o crescimento econômico.
O minério de ferro spot na China foi negociado a 109 dólares a tonelada na quinta-feira, abaixo do pico de seis semanas de 111,50 dólares atingido na terça-feira e cerca de 50% abaixo de sua máxima registrada em maio, com base nos dados da consultoria SteelHome.
O contrato mais ativo de janeiro do aço inoxidável na Bolsa de Futuros de Xangai caiu 4,5%.
O vergalhão fechou em queda de 3%, enquanto a bobina a quente caiu 3,3%.
O carvão metalúrgico recuou 1,4%, enquanto o coque caiu 1,2%.
(Reportagem de Enrico Dela Cruz em Manila)