Por Camila Moreira

SÃO PAULO (Reuters) – A economia do Brasil ficou praticamente estagnada no quarto trimestre de 2021 mas ainda encerrou o ano passado com forte expansão sobre 2020, segundo dados divulgados pelo Banco Central nesta sexta-feira, em um ano de recuperação do impacto da Covid-19 apesar da inflação alta e do aumento de juros no país.

O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), registrou crescimento de 4,5% no ano passado, em números observados, depois de contração de 4,05% em 2020.

O Ministério da Economia prevê que o Produto Interno Bruto do Brasil tenha crescido a uma taxa superior a 5,0% em 2021. Os números oficiais do PIB em 2021 serão divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 4 de março.

Em 2020, em meio à pandemia de coronavírus, o PIB brasileiro registrou contração de 3,9%, segundo o IBGE.

O ano de 2021 terminou com sinais positivos, uma vez que o IBC-Br apresentou dois meses seguidos de ganhos –alta de 0,33% em dezembro na comparação com o mês anterior, depois de crescimento de 0,51% em novembro. Em outubro houve recuo de 0,07% contra setembro.

Ainda assim o índice fechou o quarto trimestre praticamente estagnado, com variação positiva de 0,01% sobre os três meses anteriores, em número dessasonalizado, após recuo de 0,02% entre julho e setembro.

O cenário para 2022 é de incertezas, com o ano começando sob a ameaça da variante Ômicron do coronavírus, além da inflação elevada e juros mais altos, o que afeta o consumo.

A cena fiscal segue no radar também, em um ano eleitoral marcado pela perspectiva de elevação dos juros para conter a alta dos preços, o que restringe a economia.

Dados recentes mostraram desempenhos positivos em dezembro. A produção industrial e o volume de serviços tiveram avanço acima do esperado em relação a novembro, respectivamente de 2,9% e 1,4%. As vendas varejistas caíram 0,1%, porém em um resultado melhor do que o projetado.

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