Por Ana Beatriz Bartolo

Na noite desta terça-feira, 28, a Oi (BVMF:OIBR3) divulgou o seu balanço do primeiro trimestre de 2022, após ter adiado algumas vezes. Os números foram bem recebidos pelo mercado e causaram um efeito positivo nas ações da empresa.

Às 11h45, os papéis PN da Oi subiam 4,81%, a R$ 1,09%, e os ativos ON ganhavam 3,70%, a R$ 0,56. No mesmo horário, o Ibovespa recuava 0,31%, a 100.275 pontos.

O BTG Pactual (BVMF:BPAC11) afirma que a queda trimestral na receita e na margem Ebitda já eram esperadas, uma vez que a Oi já havia divulgado os números de forma preliminar. Ainda assim, a Genial Investimentos considerou os resultados positivos, assim como o Fabiano Vaz, da Nord Research.

A empresa apresentou uma receita total de R$ 4,4 bilhões, alta trimestral de 3,4% e anual de 0,9%, impulsionada pela melhora nos números residenciais, segundo a Genial. O segmento do B2B foi afetado em grande parte pelo cenário macroeconômico mais desafiador, com reduções de preços de renegociações de contratos com empresas e governos.

As receitas das operações continuadas, que correspondem àquelas que permanecerão após a venda dos ativos e são ex-TV por assinatura DTH, caíram 4% na comparação com o 1T21 e 3,3% sobre o 4T21, impactadas pela queda nas rotações do cobre, destaca o BTG.

Os custos da Oi caíram 4,6% no ano, mas subiram 6,9% no trimestre, para R$ 3,2 bilhões. A Genial aponta que essa foi uma boa resposta na comparação anual tendo em vista os grandes esforços em redução de custos, simplificação de processos, aumento de eficiência e transformação digital.

A Oi teve um Ebitda de R$ 1,3 bilhões, marcado justamente pela maior queda relativa dos custos frente à receita, na visão da Genial. Em relação ao 1T21, houve uma variação positiva de 9,9% no Ebitda, mas sobre o 4T21, houve uma queda de 22,3%.

O lucro foi de R$ 1,78 bilhão, revertendo o prejuízo de R$ 1,67 bilhão do 4T22. Para o Fabiano Vaz, da Nord, a Oi continua apresentando bons números operacionais e a expansão da fibra ótica deve ser interessante nos próximos trimestres.

As operações continuadas seguem pressionando os resultados, na visão de Vaz, que aponta esse fator como algo que limita um desempenho mais positivo da empresa. Mas no próximo trimestre, já será possível ver algumas dívidas saindo do balanço da Oi, graças à venda da Oi Móvel e da V.tal.

O BTG ainda destaca que a mudança no valor patrimonial da Oi deve ter um impacto de R$ 0,20 por ação da companhia. Isso inclui o aumento da dívida com a Anatel e a redução de 7,4% na participação da V.tal.

A Genial mantém a sua indicação de compra das ações da Oi, com preço-alvo de R$ 1,10.

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